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Quando os negócios não caminham tão bem quanto esperamos, é comum voltarmos o olhar para o colega e nos perguntarmos o que estamos fazendo de errado. É quase inconsciente. Como diz o ditado, a grama do vizinho sempre parecerá mais verde do que a nossa. Mas será que as coisas realmente funcionam dessa maneira?

Ao invés de voltar nossa atenção para o concorrente, focar em nós mesmos e refletir sobre o que não está funcionando para o nosso negócio deve ser o primeiro passo. Um bom norte para essa reflexão é a Estratégia do Oceano Azul, conceito de negócios elaborado e lançado por Renée Mauborgne e W. Chan Kim em 2005. Segundo essa estratégia, fugir da clássica competitividade e procurar alinhar a diferenciação à liderança e ao baixo-custo pode gerar várias possibilidades interessantes – o que os autores interpretam como um oceano azul, onde se pode nadar livremente por ondas mais calmas. O mercado acirrado e competitivo, que abusa de estratégias similares a táticas de guerra usadas pelo exército, pode ser visto como um oceano vermelho, que ganhou essa cor por causa do sangue derramado durante as disputas entre os concorrentes. O oceano vermelho, ao contrário do azul, está saturado e é impossível atravessá-lo com a mesma tranquilidade.

Alguns especialistas no assunto consideram a Estratégia do Oceano Azul como uma utopia que, caso tente ser seguida à risca, pode causar frustração e desestímulo. Porém, analisá-la como uma forma de repensar o seu empreendimento pode trazer bons frutos. Em poucas linhas, o conceito lançado pelos acadêmicos da INSEAD nos mostra que é possível vislumbrarmos possibilidades no competitivo mundo dos negócios se nos focarmos menos na concorrência e mais em caminhos inexplorados, buscando diferenciais que nos tragam um baixo custo – ideia que vai na contramão do que muitos gurus empresariais pregam. O oceano azul pode transformar a execução em estratégia, alinhando valor, lucro e pessoas para assegurar as empresas.

Para isso, a Estratégia do Oceano Azul nos ensina a explorar essas oportunidades em quatro passos:

  • Ao invés de tentar alcançar o concorrente, o que acirrará a competição, é possível buscar outro caminho ao se comparar o seu negócio com o dele e verificar o que deve ser alterado. Usar o concorrente como inspiração ao invés de adversário.
  • Ainda segundo a estratégia, existem seis fronteiras que devem ser examinadas: os setores alternativos, os grupos estratégicos dentro dos setores, a cadeira de compradores, as ofertas de produtos e serviços complementares, os apelos funcionais e emocionais dos compradores e o transcurso do tempo. Neste momento, é importante explorá-las e observar vantagens, além do que se deve criar, mudar ou eliminar.
  • Com base na segunda etapa, é importante desenvolver uma matriz de avaliação de valor a partir daquilo que foi observado. Pedir feedback dos seus clientes e dos não-clientes também é um ponto bastante pertinente para complementar esses dados.
  • Por fim, é hora de desenvolver as estratégias inovadoras, dando um foco naquilo que é possível de ser realizado dentro da realidade do seu negócio. Uma das maiores vantagens do oceano azul é a liberdade de testar a viabilidade comercial das suas ideias, refinando-as depois para escapar dos riscos.

Para finalizar esta rápida explanação, deixamos a palavra com uma das cabeças da Estratégia do Oceano Azul, a americana Renée Mauborgne. O vídeo está em inglês, mas é possível ativar as legendas.

Até a próxima!