Lá nos anos 80, Raul Seixas pregava em seus shows: ” Sonho que se sonha só / É só um sonho que se sonha só / Mas sonho que se sonha junto é realidade”. O trecho da música ficou conhecido e caiu no gosto popular, e é difícil encontrar alguém que não tenha pelo menos lido essa frase circulando pela internet. Mas Raul Seixas não estava errado: afinal, como levar adiante os objetivos de uma organização sem eles serem comuns a todos?
Em pesquisas recentes realizadas no mundo corporativo, uma grande dificuldade encontrada pelas empresas do mundo todo está ligada ao capital humano. Esta é por sinal a área também dos maiores investimentos. O que vêm tirando o sono dos empresários são perguntas do tipo: Como fazer minha equipe realizar isso? O que posso fazer para que cada pessoa contribua com o seu melhor? Como reter os talentos? Como tornar o trabalho que precisa ser feito atraente? E como fazer para que as pessoas executem da melhor forma suas atividade?
É disso que a consciência colaborativa trata: a integração entre metas e objetivos, visando ações que atinjam todas as relações dentro de uma corporação e sejam comuns a todos os envolvidos. Nos últimos tempos, empresas estão procurando essa visão interdisciplinar e colaborativa para alcançar mais rapidamente seus resultados e melhorar o ambiente de trabalho.
É necessário começar a construir uma cultura organizacional que abrace essa integração entre colaboradores e setores, que desenvolva equipes que valorizem e explorem o conhecimento coletivo de todos os seus membros. Tudo se inicia no ponto da observação: analisar a situação atual da empresa, tentando ver aquilo que deve ser melhorado e quais pontos fortes para que estes sejam intensificados. A observação levará à compreensão das ações, do funcionamento da organização e de cada colaborador. A partir daí, é possível desenvolver ações que englobem cada peça que compõe o universo da empresa, usando ferramentas que desenvolvam habilidades e capacidades pessoais e profissionais. Nesse processo, o “olhar pra dentro” faz toda a diferença.
Alguns benefícios que a consciência colaborativa pode trazer ao seu negócio:
- Responsabilidade incondicional: os colaboradores passam se ver como responsáveis por seus atos, tendo a consciência de que eles podem atingir esferas maiores. O foco aqui é no que eu posso fazer.
- Integridade: as pessoas começam a desenvolver se comportar de maneira mais responsável e honesta.
- Humildade: é mais fácil compreender que uma opinião é apenas uma das várias perspectivas que se pode existir dentro de uma equipe. Essa noção ajuda no diálogo, colocando em pauta os diferentes posicionamentos dos membros e como chegar a um acordo comum.
- Comunicação: o diálogo se torna mais fácil de acontecer, maximizando as informações relevantes.
As relações das pessoas umas com as outras, com a tecnologia, com as informações, com os produtos… tem mudado muito. Isso é fato. Olhar para essas mudanças e resistir à elas não tem se mostrado produtivo para as empresas. Será que não está na hora de atualizar o software? 🙂
Nasce a nova liderança no ambiente de trabalho. Menos ordens diretas, mais perguntas. Ao invés de falar sobre requisitos técnicos, conversar com as pessoas sobre o que elas valorizam. Colocar-se no lugar das pessoas em aspectos pessoais e profissionais estabelecendo empatia é um traço importante de ser valorizado e praticado. Raul Seixas já nos avisou nos anos 80 a importância do pensamento coletivo. Que tal colocá-lo em prática nesse ano?
Novos resultados podem trazer novas perspectivas!