por Cristiano Lins
Quando se falava em inteligência artificial há 20, 10, ou até mesmo 5 anos atrás, ainda se pensava nos filmes de ficção científica (onde geralmente se mostrava os seres humanos tentando superar as máquinas). Hoje, a tecnologia de IA já é uma realidade plena e operante, e, ao contrário do que se passava nos filmes, essa tecnologia veio para somar a experiência humana aqui na Terra.
Estudos mostram que a expectativa de vida do século XX da população mundial era de 35 anos, atualmente essa idade já ultrapassa os 73 anos. Coincidência ou não, quanto mais a tecnologia foi evoluindo, mais a expectativa de vida aumentou.
É estimado também que 65% das crianças que entram na escola primária hoje vão desempenhar funções que ainda nem existem. Isso indica que a tendência dessa evolução tecnológica é que ela não pare tão cedo.
Mas é importante frisar: esse desenvolvimento precisa ser feito por pessoas e para as pessoas. Qual sentido de termos a melhor inteligência artificial, se ela não atende as necessidades diárias das pessoas? Qual o sentido de termos a melhor realidade virtual, se a “realidade real” já nos basta?
Essas questões sempre precisam ser levadas em consideração para entendermos uma outra questão maior: a tecnologia está sendo moldada ao ser humano ou o ser humano que está se moldando a tecnologia?
Nós, que vivemos o dia a dia das atualizações de softwares, das linguagens de programação, das inteligências artificiais, sempre temos que ter essas perguntas em mente. A partir do momento em que uma tecnologia não é feita para melhorar (nem que seja 1%) a vida humana, ela não tem sentido em existir.
Por causa desse senso crítico que é tão importante ter pessoas dentro de uma empresa de soluções em TI, Outsourcing, IA, entre tantas outras. Sem pessoas não há debate, não há brainstorming, não há inovação.
Então, para quem ainda tem a ideia de que daqui a 100 anos o ser humano será descartável por causa da tecnologia, eu garanto, a tecnologia sempre vai ser subserviente ao homem, porque ela é feita de pessoas e para pessoas.